Homenagem ao Poeta do Sertão
Só podia ser na Bahia...
Sé lá não fosse,
Noutro lugar não seria igual...
A mesma terra de Caymmi...
Castro Alves, Luis Caldas
E hoje de Jorge Portugal...
Salvador das 365 igrejas,
Mesma terra do Candomblé
E do mais famoso Carnaval...
Como homenagem ao Poeta do Sertão...
Até mesmo a chuva,
Foi a Bienal...
E essa não teve licença poética,
Nem mesmo escolha de autor
Numa única brecha roubaria a sena do escritor...
Nem mesmo Fernando Sabino sabia,
Que “O menino no espelho”
De água refletia...
Ziraldo não entendia,
Se “O Menino Maluquinho” brincava
Ou nas possas se afogava...
Manoel Bandeira,
Numa pilha d’outras obras acenava...
Pois “A Cinza das Horas” não poderiam se apagar...
Castro Alves, ficara a observar
Tentava com o “Navio Negreiro”
Outras obras resgatar...
Luis Caldas queria mesmo agitar
Para enxugar os cabelos da “Nega do Cabelo Duro”
Que molhados voltariam a enrolar...
Até Dorival Caymmi fez “Promessa de Pescador”
Pois, “É doce morrer no mar”
E tão triste ver um livro se afogar...
Professor Jorge Portugal
Este sim, saberia o certo a se fazer
Dentro ou fora do “Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa”...
Enquanto isso num outro ponto
Embora no mesmo lugar,
Valdecck Almeida e Renata Ramos...
Os desbravadores da Bienal
Pode-se até ficar sem stand
Mais o Poeta do Sertão nunca perdera sua moral