Ao Aedo
Na fala do ensejo
Na ânsia das letras
Por maior anelo
Não pode enunciar.
Dizer a emoção
Àquele que sabe
Podia vogar.
E prende a voz
Tornando-se algoz
Em estertor atroz
De dizer
Incoerente.
E colhe o terror
De águia melindra
Que sem arribar
Não fende mais asas
Não lumina lugar.
Mas fala o ditame
Em clamor de alentar
Aedo tu és.
Te ergue
Aguerrida
Busca com afã
Não estás
Sozinha
Compõe
A poesia
Conquista
Tua lume.
E sente a dor
Que brota lungente
Do ato provir
No átrio afanoso
Do desabrochar
Constante
Da rima.
E nasce loquaz
A poesia
O amor
Vibrante
Negaça
Estonteante
Esplendor.
Ao aedo, que durante meses lutou "à exaustão", para tirar do sono a poetisa adormecida, despertando-a para um novo mundo, o mundo maravilhoso das letras, do encanto da poesia. Obrigada José Kappel, é uma honra ser tua aprendiz.