Ao meu Avô Carlos Giovannini

Os versos não conseguirão expressar

As saudades que sinto do meu avô.

Mas verto o meu profundo pesar,

Da pálida lembrança que me restou.

Lembranças daquelas manhãs...

Nós dois a beira-mar pescando.

Hoje sem ele, estou sozinho a vagar,

Na praia cinzenta do desencanto.

Ele vinha com o espelho sempre em minha porta,

Para eu fazer sua grisalha barba.

Agora ao olhar-me no espelho,

Só restaram sombras e fumaça.

Sombras que anuviaram aquela face velha,

Fumaça é a vida que breve passa.

Mas ele partiu para sua morada eterna,

Para um reino de luz e de graça.

Mas seu legado ainda vive.

E seu exemplo heróico não será esquecido.

Ah! O som da gaita ainda ouço,

Quando as lágrimas sufocam os gemidos.

Fanal foi sua vida para seus entes queridos.

Uma estrela em noite escura.

O senhor, Vovô, foi Astro silente,

Brilhando até na sepultura.

Sua morte não foi o fim de sua vida,

Mas o prólogo de uma existência feliz.

Deus simplesmente colheu mais uma rosa,

Para enfeitar o seu jardim.

A nós ele não voltará mais,

Nós sim, iremos ao jardim encontrar-se com ele.

Queira Deus que não demore esse encontro...

Então não haverá mais saudades dele.

Ele nos deixou saudades.

Van Luchi
Enviado por Van Luchi em 20/04/2009
Reeditado em 22/03/2016
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