(Socrates Di Lima)
Mãe, teu corpo envelhecido não mais pode existir.
Olho a tua foto e não me entristeço,
Olho teu olhar cansado pedindo para partir,
Teu rosto marcado pelo tempo foi o preço.
Mãe, vejo no seu sorriso uma alegre expressão,
Nos teus olhos um cintilar de alegria.,
Me lembro quando pegava tua mão,
E carinho nelas eu fazia.
Tu olhavas para mim com olhar de compaixão,
Acariciava minha face e dizia – meu filho.,
Agora, meus olhos lacrimejam de emoção,
Da saudade que dos teus olhos, ficaram o brilho.
Minha mãe querida, teu leito hoje ê tranqüilo,
Foste ao encontro do papai que partira mais cedo.,
E nos teus 90 anos, ainda era tudo aquilo,
Uma mulher de fibra, que da morte não tinha nenhum medo.
Ah! Minha saudosa mãe, quanta saudade eu tenho,
Mas sou feliz porque fui um filho bom, que aprendeu a fazer o bem.,
Caminhei o teu caminho, tua orientação eu desempenho,
Mãe, foi nos teus ensinamentos que eu consegui “ ser alguém”.
Ah! Minha mãe amada,
Tenho vontade de chorar, mas não de tristeza.,
Mas, pela saudade de pegar tuas mãos e tu sem dizer nada,
Me olhava como se me queria dizer que me amava, com certeza.
Foi naquele momento, que no teu silêncio tua alma te deixou,
Cerrando teus olhos, mas, segurando a minha mão,
Deixou um semblante sereno, quando rindo, ultimo ato que ficou,
E esse ato, esta fotografado no meu coração.
Não posso estar triste, que belos momentos aqueles!
Que junto de ti, fui menino, moço e hoje homem feito.,
E, quantas mães ainda vivas não tem sequer a lembrança de um deles,
Contudo, mãe ê mãe, mesmo assim, jamais os arranca do seu peito.