MEU PAI

Uma dor se avizinha e se agiganta,

prende o grito, o soluço na garganta,

brotam nos olhos lágrimas de dor,

que pela face escorrem sem pudor.

Recordações, o tempo não apagou,

parece que só ontem ele deixou

o mundo, a vida, pra ter mais alento

noutro lugar, com menos sofrimento.

O tempo passa, a gente vai seguindo,

e a tristeza vai e volta consumindo,

sem dó, o coração e a alma da gente.

E numa ausência que se faz presente,

meu pai, de mim não vai sair jamais!

Em tantas coisas somos tão iguais...

(13.04.1999/13.04.2009)

SUELY RIBELLA
Enviado por SUELY RIBELLA em 13/04/2009
Reeditado em 23/03/2021
Código do texto: T1536255
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