À MINHA MÃE

Quis visitar-te no anônimo jazigo
Em que a humildade em paz se revela
Contemplo a cruz, antiga sentinela
Ao lado de um cipreste amigo.

Busco a memória e vejo-te comigo
Estamos sob o verde de aquarela
Teu sorriso na túnica singela
É luz brilhando neste doce abrigo.

Recordo o ouro, Mãe, que não quiseste
Subindo para os sóis do Lar Celeste
Para ensinar as trilhas da ascensão...

Venho falar-te, em prece enternecida
Do amor imenso que me deste à vida
Nas saudades sem fim do coração.


Uma Mulher Um Poema
Enviado por Uma Mulher Um Poema em 10/05/2006
Reeditado em 08/05/2007
Código do texto: T153599
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