Homenagem a GILLES DELEUZE

A AMBIGUIDADE DE PRINCÍPIOS QUE REGEM O PODER DE  SER AFETADO.

“devemos distinguir duas espécies de afecção: as «ações», que se explicam pela natureza do indivíduo afetado e derivam de sua essência; as «paixões», que se explicam por outra coisa e derivam do exterior."

 

Esse poder não é somente um princípio de ação,

mas é também um princípio de paixão:

parte intensiva e parte extensiva, respectivamente.

Poder de agir, em um modo corajoso e ativo de existir,

dando passagem aos devires, aos movimentos da existência,

criando uma relação inédita e vibrante;

poder de sofrer, em um modo passivo de existir,

vencido pelo incômodo e pela imprevisibilidade da vida.

 Poder preenchido pelo ativo,

pela expressão da relação - ação.

Poder preenchido pela ação dos modos exteriores,

Pela influência dos corpos - paixão.

Logo, nosso poder de ser afetado

corresponde à aptidão que nós temos,

tanto para agir como para sofrer.

Enquanto relação sob a qual uma infinidade

de partes extensivas me pertence e me distingue,

ele é preenchido pela ação dos modos exteriores,

de maneira mutável.

Enquanto relação que propicia encontros

e constitui-se nesses encontros,

ele é preenchido pela própria ação da essência,

de maneira eterna.

"São os organismos que morrem, não a vida"

(Homenagem a Gilles Deleuze (Paris, 18 de Janeiro de 1925 — Paris, 4 de Novembro de 1995 - filósofo francês.)

 

 

Lulith
Enviado por Lulith em 29/03/2009
Reeditado em 13/07/2012
Código do texto: T1512574
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