MÁRCIA - HELENA TRANSFIGURADA.
Homenagem póstuma para a minha filha que partiu para as galáxias no dia 08.03.09.
- Para aonde tu vais filha minha?
Com esses olhos tão verdes de éter.
Cheios de brilho
Das tuas mãos chispam luzes,
Cruzes!
Voltas para as galáxias?
Assim toda prateada
De reflexos mil, aluminizada
De corpo transparente
Parece feito de água
Sonora e reluzente
- Cadê a tua anágua?
Perdeste em órbita obviamente
Para algum andróide
Jovem, decaído e atraente?
- Sim meu pai!
Estou assim:
Vestida de brilho sideral
Metalizada ora transfigurada
De infinito carmesim
Transformaram-me numa deusa
Que tal?
Pai,
Não é alumínio e nem prata
Minha roupa muito estranha
São os teus olhos que dilata
Tu projetas e me assanhas
Reflexos de cascatas
Mas que na verdade,
Fecundo em minhas entranhas,
Vestígios da Via Láctea.
Homenagem póstuma para a minha filha que partiu para as galáxias no dia 08.03.09.
- Para aonde tu vais filha minha?
Com esses olhos tão verdes de éter.
Cheios de brilho
Das tuas mãos chispam luzes,
Cruzes!
Voltas para as galáxias?
Assim toda prateada
De reflexos mil, aluminizada
De corpo transparente
Parece feito de água
Sonora e reluzente
- Cadê a tua anágua?
Perdeste em órbita obviamente
Para algum andróide
Jovem, decaído e atraente?
- Sim meu pai!
Estou assim:
Vestida de brilho sideral
Metalizada ora transfigurada
De infinito carmesim
Transformaram-me numa deusa
Que tal?
Pai,
Não é alumínio e nem prata
Minha roupa muito estranha
São os teus olhos que dilata
Tu projetas e me assanhas
Reflexos de cascatas
Mas que na verdade,
Fecundo em minhas entranhas,
Vestígios da Via Láctea.