ELIAS JOSÉ.

Em 1986, um modesto sapinho chamado Pula-Pula levou-me à presença de vários autores consagrados.

A poetiza -saudosa Cleide Veronezzi, concedeu-me espaço na UBE, na bienaldo livro. para eu expor o tal sapinho.

Nessa bienal entre varíos autores, conheci Elias José. Não me esqueço de sua bondade em seu jeito de incentivar me.

Mas cometi uma gafe; Eu tinha, o hábito de ler dois ou tres livros alternadamente, e eu lia então " As curtições de Pitu" e "Boçorocas". Falei-lhe que estava lendo um livro seu e ele perguntou-me qual. Sem muito pensar respondi: "Boçorocas".

Após conversarmos, em retribuição ao exemplar de Pula-Pula que eu lhe dera, ele presenteou-me com "O fantasma no porão", com dedicatória e com seu endereço em Güaxupé.

Quando eu me retirava, após despedirmo-nos, minha memória deu um estalo: Boçorocas era de Ganymedes José!!!. Retornei, pedindo-lhe desculpas, esclarecendo que o livro dele que eu estava lendo era "As curtições de Pitu" - o garoto de Catitó.

Ele, sempre híper-simpático, compreendeu-me, acrescentando que Ganymedes era um ótimo escritor.

Depois desse fato encontrei-o em outras ocasiões. Na última estava acompanhado de outro que também muito valorizo pela obra, pela simplicidade e pela simpatia; Paulo Dantas.

Percebe-se a minha admiração por Elias José, em minha estante com muitos livros de sua autoria. Mas a minha admiração excede à que tenho por sua obra. Quem o conheceu pessoalmente concorda comigo.

Nesta semana , procurando notícias sobre ele na internet, surpreendi-me ao saber de sua morte em 2 deagosto de 2008.

Pretendia homenageá-lo aqui no recanto, quando deparei com uma homenagem que lhe fez a colega Denise Carvalho, em sua página.

Sem nada a acrescentar ao que ela sobre ele escreveu, quero deixar aqui, com pesar, estas linhas em sua lembrança.