JIRAU DIVERSO Nº 35
JIRAU DIVERSO
Nº 35 – janeiro.2009
por Enzo Carlo Barrocco
A POESIA MOÇAMBICANA DE DOMI CHIRONGO
O POEMA
Exactidão
Em cada poema
escorrem muitas verdades
algumas mais virtuais
que outras
outras mais reais
que algumas
e nessa ponte
versificada
vai-se denunciando
muita porcaria,
os lacaios
ratos
ratazanas
e tantas outras asneiras
que não cabem
nas letras.
O POETA
Domi Chirongo, moçambicano de Maputo, poeta e jornalista, no convés da fragata desde 1975, é umas das belas vozes da poesia de Moçambique deste início de século XXI. Domingos Carlos Pedro (seu nome verdadeiro) é um ativista cultural empenhado em ajudar o povo menos favorecido de seus país participando de diversos projetos de ação comunitária. Descubramos Domi Chirongo, atualmente coordenador da União Nacional dos escritores de Moçambique.
ESTANTE DE ACRÍLICO
Livros Sugestionáveis
O Braço Direito
Autor: Otto Lara Resende
Edição: Companhia das Letras
O mundo banal de uma pequena cidade do interior de Minas Gerais. A insignificância e o egoísmo de um homem tolhido pela sua fragilidade.
Van Gogh – Cartas a Theo (Série Rebeldes Malditos 10)
Autor: Pierre Ruprecht
Edição: L&PM Editores
As desesperadas cartas que o genial Vicente Van Gogh escrevia ao seu irmão Theodore. A loucura se acentuando a cada correspondência enviada e o alucinado desejo de compartilhar suas amargas experiências.
Um Nikkei na Terra dos Tembés (Ensaio)
Autor: Akira Nagai
Edição: Alves Gráfica e Editora
A vida do autor desde a sua infância nas terras de Tomé-Açu, no Pará. Narrativas curtas, prosaicas, surpreendentes dos imigrantes japoneses que implantaram a colônia em 1929 no Vale do Acará.
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A FRASE DI/VERSA
Eu não sou contra o progresso
Mas apelo para o bom senso;
Um erro não conserta o outro
Isso é o que eu penso.
- Roberto Carlos (Cachoeiro do Itapemirim 1941) cantor e compositor espírito-santense
- Erasmo Carlos (Rio de Janeiro 1941) cantor e compositor fluminense
DA LAVRA MINHA
PROA
Enzo Carlo Barrocco
A mão cabocla veleja a tarde,
na paisagem
floresta e rio.
O ribeirinho domina a mata,
a embarcação e o tempo;
a proa aparta as águas.