QUEM É ELA?

 Um olhar para o lado, outro olhar, um olhar ao centro – olhos furtivos. Ela é inquieta. Seus olhos dizem muito, embora não queiram. Seus lábios dizem tudo o que seus olhos evitam dizer.
 
  Quem conduz pela mão? Um longo e confortável silêncio num caminho breve e distante?

  Seguem-se as bocas e suas palavras: profundas? Vãs? Não importa, simplesmente fluem, mesmo que nunca transportem o cheiro e nem descrevam a pele misteriosa.

Tenho certeza de que não é ela. Deus do Céu! No entanto, tenho a mesma certeza que de fato é. É sim, é ela!

Má? Santa? Louca? Plena? Mas quem completa? A liberdade?

 Ah! O certo é que ela continua um mistério para mim. Talvez eu que não saiba decifrar ou talvez porque grande parte do tempo eu me contente apenas em sentir.