BANDEIRA QUE DEFENDO

És imortal e vives, Manuel Bandeira

Inspirando a mim e a tantos poetas

Com a poesia linda, simples e direta

Teu lirismo exacerbado me encanta

Na tua abordagem utilizas o poema-piada

E sou tua herdeira quando eu faço humor

Igual a ti também desnudo meu cotidiano

E o desengano, a dor e o amor imaginado

Quando vivencias em poesias parnasianas

O preciosismo das rimas ricas de um soneto

Mostras com tua alegria um viver mesclado

Dos dramas conflitante de estilos, um dueto

Em Cinza das Horas há mágoa e melancolia

Lembra o simbolismo tardio, deste teu sentir

Hesitas entre o júbilo feito de dor e de alegria

Esperas ser feliz na Pasárgada imaginária

E o objeto do teu desejo é algo inatingível

Que está centrado no feminino e no erótico

Queres realizar-te em um mundo impossível

Em versos livres reeditas alegrias e tristezas

Em tua prosa expressas a tua paixão pela vida

Fazendo Libertinagem, vais quebrar as amarras

Das rimas e da metrificação, és um modernista

Libertando aquela poesia que estivera represada

Em Evocação de Recife brincas com a tua dor

E abrandando coração e alma já no fim da vida

Na tua Estrela da Manhã que ainda hoje rebrilha

Refletes o ser suavizado e acalmas a dor sentida