Aos Poetas em seu silêncio
No Silêncio
Quando tudo ao nosso redor é silêncio. A nossa alma busca outra forma de comunicação consigo mesma. A nossa visão, sentidos externos já não responde nossos anseios. Eu creio, que em algum lugar da nossa mente podemos conquistar uma outra forma de ver, ouvir e falar com o nosso mais profundo ponto de contacto com aquilo que desconhecemos, mas magicamente sempre nos conduz a pensar que existe. E nesta magia governa a maioria das mentes criadoras de belos escritos. Em todo escritor existe um pouco de loucura consciente, de devaneio proposital. E em todos eles, o amor pelo belo, a arte. E esta adorável e confusa cabeça pensante do poeta não morre jamais quando ele escreve: como se estivesse em êxtase divinal com as acácias,beija-flores.Ou em florestas, montanhas, rios, cachoeiras. Dele nasce palavras de amor, de paixão.Como se o seu sangue jorrasse em cada palavra sentida.
Notáveis seres imortais: Neruda, Whitman, Fernando Pessoa...Sejam louvados todos esses homens. Notáveis por suas naturezas observadoras, questionadoras, atentas às questões a cerca daquilo que os olhos não vêem, mas os sentimentos percebem.
O que nos move ser essas pessoas sensíveis, pensantes? Sou uma delas e me mobilizo de verdade, com o sentido da vida.Como um ser deste planeta, eu quero me sentir em evolução. Nascimento, crescimento no meu modo de ver, começa e termina na aventura do homem sobre si mesmo para descobrir: De onde venho?Porque vim?Para onde vou?Sempre acreditei em forças inexplicáveis, desconhecidas...Deixei minha mente aberta para aprender.Nunca tive nenhum guru que me definisse com clareza minhas questões.Sobre o que há entre eu e a atmosfera grosseira do planeta. Sempre nos meus questionamentos sou um ser só numa estrada por onde muitos outros caminhou. Sabendo portando, que definir estado extra físico em palavras é quase impossível.
Para explicar escrevo assim:
Todas as vezes que percebo a vida no presente
No abrir e fechar dos olhos
Vejo-me envolta numa névoa do passado
Com o futuro incerto.
Uma caminhante sem estrada
Uma passageira sem volumes
Uma viajante sem destino
Um ser em movimento constante
Para onde eu vou não sei e quando ir!
Em mim sopram ventanias invisíveis indirigível,
Viajarei nesse caminho incerto
Seguirei esta onda envolvente
Partirei nesse barco sem rumo
Ao encontro não sei bem de que!
Navegarei buscando o outro lado...Buscando sempre.