Deixa entrar só o que alimenta...
Escritor bom tira a gente do nosso próprio mundo e nos faz entrar no mundo dele sem deixarmos de ser quem somos, e ainda nos proporciona sair da (leitura) diferente de quando entramos... Isso ocorre quando sabemos interpretar com os olhos limpos e livres, o que autor das letras escreveu!
Homenagem para Rubem Alves, escritor, pedagogo, teólogo e psicanalista – nascido no interior de Minas Gerais.
Todas as vezes que leio algo dele meu coração sorri, minha visão se expande, meu olhar se renova.
Falo do texto: ‘Coisas que gostaria de fazer’, publicado por ele na revista Bons Fluidos, onde ele anuncia seus desejos para o novo ano, em 2006. Texto totalmente atual!
Maravilhoso seguir suas idéias no texto, quando ele diz: que o Deus dele é igualzinho ao Deus da autora Marguerite Yourcenar, autora do livro Memórias de Adriano, que o Rubem menciona, de leitura obrigatória, onde a escritora descreve nomes que ela dá para Deus, entre eles: “mar da manhã, barulho da fonte nos rochedos sobre as paredes de pedra, vento de mar, à noite, numa ilha, abelha, vôo triangular dos cisnes, fogo vermelho no fogão, olhos e aquilo que eles vêem...”
E na sequência Rubem diz: É só ver o que os nomes dizem para a alma se encher de alegria. Como é fácil e bonito acreditar nesse Deus sem vinganças, sem milagres e sem infernos... Deus mora nos nomes...
Coisa linda de se ler! É mesmo fácil de entender! Ver Deus em todas as coisas, ao nosso redor, o tempo todo! Bonito demais!
Ah! Rubem Alves, escritor! Gosto muito de você, mesmo que você não saiba quem eu sou. Meu carinho sincero eu te envio por meio dessas letras, que talvez você nunca leia, mesmo assim, deixo aqui o registro de contentamento que eu tenho ao ler você!