Heroina
Esta homenagem foi escrita para minha mãe,em 1987,quando ainda ela estava entre nós.
Soubeste abrigar em teu coração
Dez filhos criados com amor
E por cada um, sentes emoção
E por cada um, sentiste temor.
Soubeste passar o teu olhar
Por entre caminhos a brilhar
E amaste a cada um.
Os sacrifícios foram tantos
Noites insones palavras soltas
Conselhos tantos, amizades quantas
Reciprocidade pouca.
Tuas mãos, hoje calejadas
Talvez percebas que não valeram nada
As privações por que passaste.
Teus olhos, hoje já cansados
Teus filhos tão longe, te esqueceram
Teus pensamentos agora turvados
E as ilusões a muito morreram.
As veias dilataram-se em suas pernas
Tuas mãos cansadas, já não são tão vivas
Tuas palavras continuam ternas
Entrelaçadas em orações sentidas.
São tantos filhos, quanto os dedos de suas mãos
E p asseias teu olhar por uma casa vazia
Onde mora uma grande solidão
Mas, você bem antes sabia
Que a tua vida no final
Seria vazia e fria.
Teus pés já cansados, não correm atrás de ninguém
Mas o coração ama muitos alguéns
Na vida de dez frutos
Que um dia foi sementes
Que continuam em sua mente
E em seu coração eternamente.
Choras ainda uma lágrima sentida
Quase na hora de tua partida
E os frutos criaram sementes
E passeiam tantas flores pela tua mente
E és lúcida em saber quem é filho de quem.
São tantos netos, um jardim imenso
Bisnetos alguns, tataranetos propensos
E ainda és a arvore esplendorosa
Foste um dia muito formosa
Hoje és bela em sabedoria.
Continuas com teu porte altivo e elegante
Jamais foste errante
Passaram-se já muitos anos
Fracassaram tanto seus planos
Mas, ainda estás em pé
E o que te manteve foi tua fé.
Amo-te.
Esta homenagem foi escrita para minha mãe,em 1987,quando ainda ela estava entre nós.
Soubeste abrigar em teu coração
Dez filhos criados com amor
E por cada um, sentes emoção
E por cada um, sentiste temor.
Soubeste passar o teu olhar
Por entre caminhos a brilhar
E amaste a cada um.
Os sacrifícios foram tantos
Noites insones palavras soltas
Conselhos tantos, amizades quantas
Reciprocidade pouca.
Tuas mãos, hoje calejadas
Talvez percebas que não valeram nada
As privações por que passaste.
Teus olhos, hoje já cansados
Teus filhos tão longe, te esqueceram
Teus pensamentos agora turvados
E as ilusões a muito morreram.
As veias dilataram-se em suas pernas
Tuas mãos cansadas, já não são tão vivas
Tuas palavras continuam ternas
Entrelaçadas em orações sentidas.
São tantos filhos, quanto os dedos de suas mãos
E p asseias teu olhar por uma casa vazia
Onde mora uma grande solidão
Mas, você bem antes sabia
Que a tua vida no final
Seria vazia e fria.
Teus pés já cansados, não correm atrás de ninguém
Mas o coração ama muitos alguéns
Na vida de dez frutos
Que um dia foi sementes
Que continuam em sua mente
E em seu coração eternamente.
Choras ainda uma lágrima sentida
Quase na hora de tua partida
E os frutos criaram sementes
E passeiam tantas flores pela tua mente
E és lúcida em saber quem é filho de quem.
São tantos netos, um jardim imenso
Bisnetos alguns, tataranetos propensos
E ainda és a arvore esplendorosa
Foste um dia muito formosa
Hoje és bela em sabedoria.
Continuas com teu porte altivo e elegante
Jamais foste errante
Passaram-se já muitos anos
Fracassaram tanto seus planos
Mas, ainda estás em pé
E o que te manteve foi tua fé.
Amo-te.