QUASE SETECENTOS E VINTE (DESPEDIDA DE RIBEIRÓPOLIS)

Daqui estou me indo

Tentarei esquecer

Os momentos de glorias

Principalmente os de derrotas

Talvez me lembre da tarde

Que olhei os olhos de uma virgem

E que segurei a mão dela.

Talvez me lembre dos amigos

De todos, dos traidores,

Culpados do insucesso

E dos bons amigos

Que fizeram o impossível

Para me ver no extremo do sucesso

Lembrarei de minha amiga Naty

E também da loirinha

Que muitas tardes me ouviu.

Tão cedo não voltarei

A dor sobre mim predominou aqui

A gloria também se fez presente

Andaram juntas gloria e derrota

Em meu insignificante corriqueiro

Ora o sorriso da virgem

Ora sua frieza.

Aqui voltarei talvez

Quando for o dono do mundo

Trouxer o sol em minha mão

As estrelas no meu bolso

E a lua em meu coração.

Voltarei aqui talvez

Para esmagar os traidores

Ou os que me fizeram sofrer

Ou pra conquistar um amor

Que em meu peito tento fazer morrer.

Talvez volte para novamente

Para segurar a mão daquela

Que o carisma é indescritível

E que o rosto é uma bela paisagem

E sentir o perfume dela

Que era a passagem

Para a dimensão da imortalidade.

A avenida é a testemunha da arte

Pois nela um poeta chorou e sofreu

E para os de quem gosto

O meu sincero adeus.

Ledif
Enviado por Ledif em 03/12/2008
Reeditado em 11/12/2008
Código do texto: T1316638
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