Doce Infância
Leve e saltitante grita meu nome.
Esparrama a alegria num apertado abraço.
Desce do ônibus escolar em festa,
noticiando que está com fome.
Os cachinhos negros escorrem pelo rosto macio.
Agasalho amarrado na cintura...
Corre, pula, vibra, nem sabe o que é sentir frio.
Suave como o sol da manhã, fugaz como a própria brisa.
Traz a minha felicidade na mochila, a minha linda e radiante Monalisa.
Mãos lambuzadas de brigadeiro, pés descalços no jardim molhado,
se sente a dona do espaço, a musa, a tal...
e me vem com essa:
"Titia, tá na hora de montar a árvore de natal?"
(Eu te amo, menina!)