Quadro: Silvio Thadeu                                                            Texto: Silroad Saxman....
           


Quando escrevo poemas, antes eu pintei um quadro, esbocei cenas, guardei feições de faces sentimentais,,,,,,,nunca, nunca escrevi uma rima sequer, sem ser assim.
E este poema, postado em 2.007,, foi diferente de tudo isso!
Apaixonado por pinturas passei em Florença, uma das cidades mais mágicas,,,que viveu em carne viva o renascimento de Michelangelo, Caravaggio, Da Vinci,,,,,,e numa madrugada, fotogrando as milenares pontes,,,,,comecei a falar silenciosamente, trechos de poemas de uma poetisa do recanto,,,,,uma frase,,,,outra,,,,,foi tomando conta de mim,,,,me dando uma saudade,,,,,,e, ao invés de "pintar" aquelas lembranças,,,,comecei a escrever,,,,,esboçar sentimentos que as frases dela me provocavam,,,,,,,,,,estes foram os primeiros movimentos, ainda sem saber,,,,,que iniciaram o encontro de agora. Então voltei ao poema,,,,,"Pronto pra te ferir com garras de mil amores",,,,,e me delicio com a vidência dos poemas,,,,como eu já previa em palavras,,,,,,,o que meus olhos e coração não viam.
Eis como ele foi publicado anteriormente,,,,com uma sutil mudança,,,,algo que tive que mudar,,,,,por que tudo já é maior do que a poesia,,,,,,,,,,,,,,,e poder eu posso,,,,descubra a descoberta de ti Guria.,,,,,,,,,,,,,
 
 
 
Este poema foi escrito numa madrugada, no verão europeu, julho de 2.007, numa das pontes de Florença, próximo a Galeria Uffizi, onde grandes renascentistas estão pra sempre,,,pra sempre,,,
Onde o pintor que tinha todos os segredos da psique, Caravaggio, sai do claro para o escuro,,,,,sai do céu para o inferno,,,,sai da vida e deixa o dramatismo das cenas,,,,da vida,,,,do que poderia ter sido,,,,,,do que valeria a pena,,,,
 Sentado no para-peito da ponte e vendo o gigantesco portão de madeira na entrada da cidade,,,que se abre a milhões de estrelas, me vi triste e só. Mas de repente, esta poesia me soprou segredos de ti, contou tua mais deliciosa paixão, me fez ouvir tua voz
...Meu Deus, que saudade de ti ,,,,estrela das noites de Belém!
 
 
 
Quando vibra essa tua voz(!) atirada como uma flecha insinuante, alvo em mim,
tenha certeza, me desoculta dos esconderijos ilhas, de praias paraísos criadas por ti.
Pois se me tocas com teus sons dengosos, solitários e sutis,
é para desvendar uma saudade futura que pulsa em teu corpo ebulição, fervor, inquietação.
Tens um vinhedo à beira mar e dois cavalos noturnos.
Mas está só !
Vi quando caminhava pela praia e jogou nas ondas os teus poemas.
Gritou meu nome e foi se despindo.
A luz da noite clara te encenava nas areias brancas.
Um arrepio nos uniu,
nos fez ter essa vontade indomável um pelo outro.
Milhões de borboletas prateadas saíram das águas e desenhavam flores.
Não tivemos como evitar, em teus secretos jogos de palavras
me fizestes teu andarilho príncipe, teu homem animal,
solto entre tuas florestas líricas,
como um predador feroz dos teus desejos, pronto pra te ferir com garras de mil amores.
 
Vim para te levar num passeio entre rosas vermelhas que bailam,
 ventos silhuetas que cantam e aromas que exalam sutis buquês de tremores tentações,
 desses que vem vindo das noites estreladas,
que habitam teu céu de paixões.
Tenho realidades assim para dividir com você.
São desnudamentos, querer e libidos que e se materializam ,
Ganho vida de uma deliciosa beleza, vou ficando nítido, real,,,,,
e de repente,   submergindo dos teus ímpetos, dos teus textos,
me tens corpo, cheiro, instintos!...possua-me ! possua-me poetisa dos guetos principescos, dos saraus que não se esquece.
me deixe nu em tua praia, em tua boca, em teu corpo.
Sou tuas palavras molduradas em homem,
sou rimas que te fode e você enlouquece!
 
Me faz teu personagem objeto, que te ouve, te põe no colo,
Me tens quando você quer.
Pode ser todas as noites, ou nenhuma,,,,
depende se está menina, se está mulher.
Em todos os seus tesões, em todas as lágrimas, em todas as alegrias e frustrações....
Lá estou eu em você....passeando minhas mãos indomáveis em suas costas, encostas,,,,,,,descendo e te tecendo e te enlouquecendo e te postando como um poema em meu veneno!!!
A lua nos iluminará nesta noite, nesta dança, nestes beijos que só nós temos.
Então, traga duas taças , toque teus cristais em meus lábios,
E eu vou te sorrindo, te piscando e você vai se entregando, se entregando,,,entregando
Avanço como um leopardo solitário,
amante criado em teus sonhos, nos segredos dos teus mais inspirados ardores
 
Todos saberão desta secreta magia, destes divinos rituais,
Dessa noite em que teu amante idealizado saiu das entranhas de sua poesia.
Nossos corpos cheiram excitação, teu olhar brilha diamantes negros raros.
As águas que te banham nas insônias das madrugadas,
são cachoeiras silenciosas, desenhadas por dois anjos azuis,
 que trazem dos riachos nascente entre nuvem levadas.
Tudo, tudo mesmo neste poema, cheio de fantasias, é um brinde a uma tristeza,
Não uma tristeza triste.
Mas uma tristeza da espera, alegre e tentadora.
Pois meu jeito de ser é assim.....
estou vivo, por que sei que você existe.
Não me importa o tempo desse instante, importa o instante desse tempo
 
 
 
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 15/11/2008
Reeditado em 19/04/2011
Código do texto: T1285348
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.