MINHA MÃE E EU
Em memória de minha mãe
Quando ainda pequenina,
de colo, recém nascida,
Minha mãe me observava,
orgulhosa, embevecida
mansamente me ninava,
terminando adormecida.
Era assim que docemente
minha mãe se referia
Quando falava de mim,
para quem nos conhecia;
que a sua menininha,
era assim que adormecia.
Dizia que eu me embalava
Com as canções que solfejava
Pois ainda não falava.
E assim o tempo passava
Enquanto me observava,
Ninando-me enquanto cantava.
Enquanto o tempo passava
A calma que transmitia,
A medida em que me ninava,
Nas canções que produzia,
Minha mãe se perguntava,
Com o quê talvez sonharia?
Minha mãe, hoje sou eu
A recordar o passado,
Percebo quanto cresceu
A menina que sonhava.
E já quase amanheceu,
Enquanto ela me ninava.
Só que agora é diferente,
O tempo é o dono da vida.
Nem tudo quanto se sente
Nos deixa envaidecida.
Passa o tempo pela gente,
Nas noites tão mal dormidas.
Às voltas com as lembranças
Não consigo adormecer,
Até volto a ser criança
Lembrando-me de você,
Ninando até a esperança
Antes do alvorecer.
Pois o canto que solfejo,
Já não esconde o desejo,
Nem toda essa ansiedade,
Que impede-me de adormecer.
A insônia e a saudade,
Trazem-me de volta você.
Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional
Em memória de minha mãe
Quando ainda pequenina,
de colo, recém nascida,
Minha mãe me observava,
orgulhosa, embevecida
mansamente me ninava,
terminando adormecida.
Era assim que docemente
minha mãe se referia
Quando falava de mim,
para quem nos conhecia;
que a sua menininha,
era assim que adormecia.
Dizia que eu me embalava
Com as canções que solfejava
Pois ainda não falava.
E assim o tempo passava
Enquanto me observava,
Ninando-me enquanto cantava.
Enquanto o tempo passava
A calma que transmitia,
A medida em que me ninava,
Nas canções que produzia,
Minha mãe se perguntava,
Com o quê talvez sonharia?
Minha mãe, hoje sou eu
A recordar o passado,
Percebo quanto cresceu
A menina que sonhava.
E já quase amanheceu,
Enquanto ela me ninava.
Só que agora é diferente,
O tempo é o dono da vida.
Nem tudo quanto se sente
Nos deixa envaidecida.
Passa o tempo pela gente,
Nas noites tão mal dormidas.
Às voltas com as lembranças
Não consigo adormecer,
Até volto a ser criança
Lembrando-me de você,
Ninando até a esperança
Antes do alvorecer.
Pois o canto que solfejo,
Já não esconde o desejo,
Nem toda essa ansiedade,
Que impede-me de adormecer.
A insônia e a saudade,
Trazem-me de volta você.
Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional