MARTA, DOCE AMIGA!

Ela, minha doce amiga, falou-me dos tumores.Vinte e oito caroços.E os médicos não descobriam o que era.

Lembro-me que imediatamente pensei:
-CÂNCER!
Entretanto não disse nada.Ouvi e acompanhei a Via Crucis, depois da descoberta.Ela ficou inconformada a princípio.Como demoraram tanto a descobrir? Conjecturava.Nunca deixara de fazer os exames solicitados.

Enfim começou a quimioterapia. E eu fui morrendo.Fui covarde.Não consegui visitá-la muitas vezes.Aliás, nem marquei quanto tempo durou a agonia.

Ainda não chorei todas as lágrimas.Sinto remorsos.Fui mais forte quando a outra amiga, Maria, se foi. Dessa vez sabia que não aguentaria.Ia chorar perto dela...

Agora tenho pena de mim.Fui eu que perdi.Que jóia preciosa é minha amiga!

Partiu pra longe de nós dia vinte e um de outubro...

INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 31/10/2008
Reeditado em 09/04/2016
Código do texto: T1257531
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