MARTA, DOCE AMIGA!
Ela, minha doce amiga, falou-me dos tumores.Vinte e oito caroços.E os médicos não descobriam o que era.
Lembro-me que imediatamente pensei:
-CÂNCER!
Entretanto não disse nada.Ouvi e acompanhei a Via Crucis, depois da descoberta.Ela ficou inconformada a princípio.Como demoraram tanto a descobrir? Conjecturava.Nunca deixara de fazer os exames solicitados.
Enfim começou a quimioterapia. E eu fui morrendo.Fui covarde.Não consegui visitá-la muitas vezes.Aliás, nem marquei quanto tempo durou a agonia.
Ainda não chorei todas as lágrimas.Sinto remorsos.Fui mais forte quando a outra amiga, Maria, se foi. Dessa vez sabia que não aguentaria.Ia chorar perto dela...
Agora tenho pena de mim.Fui eu que perdi.Que jóia preciosa é minha amiga!
Partiu pra longe de nós dia vinte e um de outubro...