"Um abraço dado..." Para minha Gudinha
Desde aquele domingo triste, em que fiz uma viagem profunda dentro de mim, da minha dor, tão paradoxal tem sido essa sensação misturada de tristeza e alegria... Sim, alegria, na tristeza, descobri a essência do amor eterno, do amor maternal, do profundo laço que nos une.
Sim, um abraço dado, como diz a música... temos nos abraçado constantemente, de uma forma única, nossa, sutil, delicada, forte, verdadeira, como o amor de mãe e filha.
Tu és minha mãe, presente, como sempre, abraçadas, como não estivemos tanto em vida... Durante a vida física, tudo foi tão difícil, tão cheio de renúncias, de silêncios, de impaciência, de irritação, por tudo, pela situação incomum, de duas mães, de uma casa que não era a nossa, de uma outra família entre nós, de situações tão díspares, e até mesmo de distância de cidades...Mas, o amor ali estava, quietinho, também feito de silêncios, de pequenas demonstrações, de cartões apaixonados, de pedidos de desculpas, de viagens feito ás pressas, de amor, de mãe e filha, de sangue...
Mas, naquele domingo, tudo mudou, para sempre, pensaria alguns... Mudou, internalizei a dor, guardei-a, ainda choro, quietinha, no meu quarto, saudade... Mudou me alegro, pois a vida é eterna, não tenho dúvidas, os abraços são muitos, precisos, presentes, a todo momento, nos mais difíceis e solitários, nos alegres, na força, na fragilidade, na vida, na minha vida, seu abraço é a minha força, é o presente de Deus, que recebo, sempre, quando mais preciso, como agora...
Amo-te minha mãe, minha gudinha, para sempre! "Um abraço dado...."