Isabela
Minha cachorrinha tão amada... Nossa amizade é dessas verídicas, daquelas que nascem à primeira vista. Ainda me lembro dela naquela caixinha de papelão, olhar espantado, olhos desconfiados e um ar amedrontado. Comprei minha amiga numa feira dominical, destas que acontecem na praça da cidade. Queria uma companheira, queria uma amiga, então a comprei. Amizades não se compram. Amizades se constroem.
E foi assim que aconteceu. Fui cativando sua confiança, sua lealdade, seu companheirismo. Dei-lhe o nome mais lindo que já havia escutado: Isabela Beleza. E ela é assim para mim, minha bela companheira.
Agrada qualquer coração, qualquer bobo coração, sua felicidade de me reencontrar. Seu sorriso único é meu contentamento múltiplo. Seu olhar singelo é meu despertar alegre. Sou grato a sua fidelidade.
Espero que sempre consiga retribuir a sua amizade sem preço. Sua amizade que não pode ser comprada, apenas conquistada. Amizade verdadeira. Agora esta cá ela ao meu lado, dormindo, me fazendo companhia enquanto escrevo esta singela homenagem para ela. Pena não poder entender o significado de minhas palavras, tentarei compensa-la com abraços, beijos e cafunés. Compensar sua amizade, seu carinho consciencioso e autêntico.
Lá fora, venta, faz frio e parece anunciar mais uma chuva que esta para chegar. Terminarei este meu rascunho, fecharei a casa e irei para cama. Isabela vai junto, desde pequenininha ela dorme encostada nos meus pés, assim, esquentando-os. No inverno quando o frio aumenta, trago ela para bem pertinho da minha barriga e trocamos calor. É muito engraçado como nos tornamos dependentes de afeto. Em documentários que assisto, vejo como é difícil adaptar um animal (principalmente os macacos) a vida selvagem, depois que eles se tornam afetivamente dependentes de carinho. E assim acontece com todos nós (creio eu), somos eternamente subordinados do afago.
Belinha – papai quis dizer o quanto te ama! Fique com Deus!