Menina.
Não vou te chamar de anjo, mesmo sabendo que agora mora la em cima, vou te chamar como antes era conhecida... Menina.
Vou respeitar tuas vontades, teus sonhos, tuas vaidades, pois sei que quando se sentia triste e assustada, com certeza corria para os braços daquela, que nem o tempo a fez ver que você estava crescendo, e de braços abertos ela a recebia como sua eterna criança.
Vou ficar triste em respeito as tuas bonecas, que não tiveram tempo de despedir de você, porque aquele ser que ainda existia não havia decidido deixá-las. Pois uma ponte ainda ligava você, a fantasia, e a menina que todos amavam.
Mas no fundo vou chamá-la de heroína, pois ainda na infância soube dar valor ao seu amor, não permitiu que ele fosse ridicularizado, usado apenas como símbolo de posse, e mesmo sob a mira de uma arma, mostrou para todos, que seqüestraram a menina, mas não levaram o seu amor.