Ao meu pai
Procuro você no palco. Impossível.
Vejo as cortinas se fechando.
Grito outra vez. Sem respostas
Procuro auxilio. Nada.
É assim a vida...
Tudo tão de repente.
Não queria esse cravo murchando
Ponho-o ao sol; trago-o a sombra, coloco água.
Procuro os melhores biologistas;
Médicos, enfermeiros, cientistas. Não decifram.
Mantenho a calma.
Às vezes escrevo demais
Outras vezes séria demais
Outras vezes brinco demais.
De relance olho;
A cortina continua fechando
O show está por terminar.
Abraço-te. Digo que valeu.
Que foi bom ter você. Que te amo
Amaria ter você sempre
Na vivacidade de viver
Viver sem a morte celular.
Células! Células que te dá vida
Saiba eu te amo
Sempre vou TE AMAR