JIRAU DIVERSO Nº 32
JIRAU DIVERSO
Nº 32– outubro.2008
por Enzo Carlo Barrocco
A POESIA TOCANTINENSE DE ZECA TOCANTINS
O POEMA
FIM
Agora que o sol
se põe
no céu de nossos desejos
vejo afogadas
em sonhos
promessas ardentes de beijos.
Acaso precipitamos
aquele
amor tão bonito?
Ah! Tão depressa
chegamos
ao que julgávamos infinito.
O POETA
José Bonifácio Cézar Ribeiro, o Zeca Tocantins, Tocantinense de Xambioá, poeta, contista, cantor e compositor, no convés da fragata desde 1958, é um artista múltiplo onde a palavra ocupa o eixo central. Sempre engajado culturalmente, Zeca já participou de diversos festivais de música em várias regiões do Brasil. Um poeta preocupado com os rumos da literatura na região Tocantina, principalmente a de Imperatriz, no Maranhão, onde atualmente reside.
ESTANTE DE ACRÍLICO
Livros Sugestionáveis
Cabanagem – A Revolução Popular da Amazônia (Ensaio)
Autor: Pasquale di Paolo
Edição: Edições CEJUP
Uma nova visão da Cabanagem (Revolução ocorrida no Pará entre 1935 e 1940) sob a acurada perspectiva de Pasquale di Paolo recuperando a rica memória histórica da Amazônia. Um documento inapreciável.
Contos Avulsos
Autor: Machado de Assis
Edição: Ediouro – Grupo Coquetel
O conto bem contado, imagens bem descritas, enredos espetaculares. O excelente Machado de sempre, organizado e prefaciado por R. Magalhães Júnior, membro da Academia Brasileira de Letras
Os Irmãos Karamazov (Romance)
Autor: Fiodor Dostoiévski
Edição: Ediouro – Grupo Coquetel
Uma das grandes obras de Dostoievski, jóia da literatura mundial, com introdução de Otto Maria Carpeaux. Um romance extraordinário, com a marca inconfundível deste escritor russo.
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A FRASE DI/VERSA
Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos haverá guerra.
- Bob Marley (Saint Ann 1945 – Miami, EUA 1981) cantor, compositor e instrumentista jamaicano
DA LAVRA MINHA
A rua estreita se move sob a lua
Enzo Carlo Barrocco
A rua estreita se move
sob a lua,
hoje não chove,
a claridade se espraia sobre o bairro.
Gente pelos pátios,
nas calçadas;
ainda é cedo para
cadeados e correntes.
Logo mais a lua vai embora,
gatos, luminárias
e algum poema vago
sobreviverão à fria aragem
que se arruma
e, lentamente,
chegará com a madrugada.