Olhe!
Veja como a relva cresceu
Veja o campo florido de trigo
Tua alcova te aguarda quente
Repleta de carinho...
Olhe!
Veja quantos está ao teu lado
Sobraram poucos, é verdade!
Mais poucos fieis...
Devoto de tua coragem...
Olhe!
Sentes como teu braço dói,
A guerra foi longa... Traiçoeira!
Quantos sonhos tu pegastes no colo
E quantos deles se traíram por tão pouco?
Veja!
Observe nos olhos dos teus
Quanta admiração por essa guerra.
Coração valente... Puro...
Brilhastes mesmo assim!
Veja!
Tua camponesa te aguarda no portão
Olhos cheio d’agua ficarão ao te ver
E a sensação de vitoria... Pelo teu sorriso;
De quem foi e sem medo mostrou a nobreza que levas nos ombros!
Venha!
Beije tua amada que tanto te acarinhou
Durante tua longa ausência...
Descanse!
Repouse nos braços do amor doce
Deixe-a limpar as feridas...
Enxugar teu corpo com lençóis de jasmim!
Descanse!
Durma o tempo que for preciso...
Recarregue os sonhos,
E não desista por seu ideal...
A guerra foi perdida, sim!
Mais a batalha é essa do dia-a-dia,
Que te faz ainda mais nobre
Pelo teu imponente ar de generosidade...
Volte guerreiro...
Forte e cheio de sonhos...
Tua camponesa lhe acalentará
Sempre que for preciso,
Basta tu acreditar!