GLÓRIA !
Glória !
Às Mães de Maio que embalam seus filhos por todos os dezembros ...
Cujos leites nunca secarão ...
Pois, todas vivem em maio ...
À todas as Joanas ...
Que ainda queimam em suas casas ...
Tantas Joanas, Marias e Anas ...
Em suas fogueiras silenciosas ...
Glória !
Às mulheres com seus aventais sujos de ovos ...
Devotadas esposas ...
E às virgens meretrizes, que todos os dias se pintam para a guerra ...
Enquanto esperam pacientemente, a chegada de um tal amor ...
Glória !
À todas as bruxas, fadas e feiticeiras ...
À suas falsas e verdadeiras magias ...
Suas rugas, celulites e estrias ...
Peles macias, delicadas e lisas ...
Glória à mulher !
Glória !