Homenagem à poeta marcia eduarda***
o elefante e a poeta
o elefante
caminha a passos lentos
e deixa grandes marcas
na mesma caminhada
a poeta caminha
no tempo desapressado:
na casa e n´alma e no jardim
a poesia pode na poeira
dos livros
pode no silêncio
das monotonias
pode na relva escura
dos matagais da alma
ela de vez em quando
em sussurros cantarola
a indefinição de marcia
(Alexandre Tambelli, tarde de 27 de setembro de 2008.)
*** A poeta marcia eduarda é uma amiga dos tempos da sala de poetas do Terra, quando freqüentávamos por lá, no começo desta década. Impossível não se encantar com seus versos; versos que não saem aos borbotões, e sim, de vez em quando, entretanto deixam marcas profundas em seus leitores. Imaginemos um elefante que caminha a passos lentos, sem pressa, todavia deixando marcas grandes e profundas no caminho por onde passa; a poesia desta querida amiga assim também se faz: profundidade, grandeza, em passos lentos na espera de sua exata hora. Beijo poeta amiga!
Bom domingo, recantistas amigos, fiquemos com Deus, Alexandre!