JIRAU DI/VERSO
Nº 01 – Março.2006
por Enzo Carlo Barrocco
A Poesia Austríaca de Georg Trakl
O POEMA
Na Primavera
Suave cede a neve aos passos escuros
À sombra da árvore
Erguem-se as róseas pálpebras dos amantes.
Aos obscuros chamados dos barqueiros seguem
Estrela e noite;
E os remos batem macio em sua cadência.
Logo florescem no muro arruinado
As violetas,
Surdamente verdeja a fronte do solitário.
O POETA
Georg Trakl (Salzburgo 1887 – Cracóvia, Polônia 1914). Este poeta austríaco é um dos mais importantes nomes da poesia de língua alemã do século XX. O verso atormentado de Trakl é a sua principal característica. Ao longo de sua vida nutriu paixão incestuosa pela irmã. O poeta serviu no front em Grodek, durante a I Guerra Mundial, fato que o levou ao suicídio por overdose de cocaína, em 1914.
+++
Estante de Acrílico
Livros Sugestionáveis
“As Minas do Rei Salomão” (Romance)
Autor: H. Rider Haggfard
Edição: Hesdra Editora
A sempre fascinante história de quatro aventureiros que se vêem perdidos num território de nativos que habitam as terras do monarca bíblico, na versão traduzida pelo genial contista e romancista português Eça de Queiroz.
“Procissão dos Séculos” (História)
Autor: Ernesto Cruz
Edição: Imprensa Oficial do Estado do Pará
Episódios da vida no Estado do Pará, revelando a arquitetura, as cidades, os costumes, as leituras e as personagens, elicosamente narrados pelo historiador Ernesto Cruz (1898-1976).
“Flores do Sangue” (Poesias)
Autor: Silva Barreto
Edição: Editora Parma Ltda.
A poesia sócio-filosófica, como afirma o editor, bem define este contrariado poeta mineiro que, no preâmbulo do livro, dispara sua metralhadora giratória para todos os lados.
+++
A FRASE DI/VERSA
“A noite abre as flores em silêncio e deixa que o dia receba os agradecimentos”.
- Rabindranath Tagore (Calcutá 1861 – Santiniketan 1941) poeta, filósofo, músico e pintor indiano
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DA LAVRA MINHA
Relâmpagos
Enzo Carlo Barrocco
As luas carmim retornam
do infinito.
Noites claras nestas luas cheias.
Uns riscos esgalhados
fulgem pelo prado
claro-escuro do horizonte.
Deus, agora, acende
lamparinas.
Nº 01 – Março.2006
por Enzo Carlo Barrocco
A Poesia Austríaca de Georg Trakl
O POEMA
Na Primavera
Suave cede a neve aos passos escuros
À sombra da árvore
Erguem-se as róseas pálpebras dos amantes.
Aos obscuros chamados dos barqueiros seguem
Estrela e noite;
E os remos batem macio em sua cadência.
Logo florescem no muro arruinado
As violetas,
Surdamente verdeja a fronte do solitário.
O POETA
Georg Trakl (Salzburgo 1887 – Cracóvia, Polônia 1914). Este poeta austríaco é um dos mais importantes nomes da poesia de língua alemã do século XX. O verso atormentado de Trakl é a sua principal característica. Ao longo de sua vida nutriu paixão incestuosa pela irmã. O poeta serviu no front em Grodek, durante a I Guerra Mundial, fato que o levou ao suicídio por overdose de cocaína, em 1914.
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Estante de Acrílico
Livros Sugestionáveis
“As Minas do Rei Salomão” (Romance)
Autor: H. Rider Haggfard
Edição: Hesdra Editora
A sempre fascinante história de quatro aventureiros que se vêem perdidos num território de nativos que habitam as terras do monarca bíblico, na versão traduzida pelo genial contista e romancista português Eça de Queiroz.
“Procissão dos Séculos” (História)
Autor: Ernesto Cruz
Edição: Imprensa Oficial do Estado do Pará
Episódios da vida no Estado do Pará, revelando a arquitetura, as cidades, os costumes, as leituras e as personagens, elicosamente narrados pelo historiador Ernesto Cruz (1898-1976).
“Flores do Sangue” (Poesias)
Autor: Silva Barreto
Edição: Editora Parma Ltda.
A poesia sócio-filosófica, como afirma o editor, bem define este contrariado poeta mineiro que, no preâmbulo do livro, dispara sua metralhadora giratória para todos os lados.
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A FRASE DI/VERSA
“A noite abre as flores em silêncio e deixa que o dia receba os agradecimentos”.
- Rabindranath Tagore (Calcutá 1861 – Santiniketan 1941) poeta, filósofo, músico e pintor indiano
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DA LAVRA MINHA
Relâmpagos
Enzo Carlo Barrocco
As luas carmim retornam
do infinito.
Noites claras nestas luas cheias.
Uns riscos esgalhados
fulgem pelo prado
claro-escuro do horizonte.
Deus, agora, acende
lamparinas.