Meu anjo chamado Mãe

No seu semblante sereno e passivo

Escondem-se marcas que se esvaziam

num sorriso.

Em sua pele enrugada estão

as cicatrizes da batalha.

Que retratam uma luta de coragem e atitudes sábias.

Suas trêmulas mãos

suavizam com lentidão

as dores da servidão.

Embora sendo a melhor idade

Bate em seu peito a saudade

Daquele tempo que ficou

perdido na mocidade.

Guiando-se pelo sabor das experiências

Revive momentos que ficaram entranhados em sua essência.

Seu caminhar é solitário

No entanto a luz da persistência

se tornou um desafio necessário.

No olhar perdido pelas lembranças

Refletem uma altivez confiante

De alguém que sonha e acredita

que o Amor é a chave da esperança.

Léia Vieira
Enviado por Léia Vieira em 30/08/2008
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