Homenagem póstuma ao Professor
Carlos Farias Ouro de Carvalho
O que eu faria?
Se um dia compreendesse por inteiro
o valor do Ouro...
Ou o peso da honra do Carvalho?
Certamente não poderia...
Pois o valor das coisas mais simples
criadas por Deus, não se permitiria
se definir tão simplesmente assim...
O que tu Farias?
Se pudesses compreender...
Com toda pureza d’alma, eu tentaria...
Pois o Ouro se põe de forma tal escondido
que não se deixa ser facilmente colhido.
Para se permitir visto, só mesmo a força da
forja o deterá por total entrega derretido.
O Carvalho se mostra aparentemente frágil.
Não se engane! Sua fragilidade é sua força.
Sua linhagem é forte, vem com o vento norte.
Seu enigmático poder persuasivo, no conhecimento,
domínio do vernáculo, nos conduzia ao tabernáculo,
compelindo-nos a todos, a uma profunda reflexão...
De onde viera tamanho dom? O dom da palavra...
Esse mistério que brota do nada!
Riquíssimos discursos, poemas emblemáticos...
brotavam como infindas gotas de sabedoria
por entre os pequenos dedos, sempre adornados,
por um belo e bem talhado anel de mestre.
Sim... Mestre! Este tão querido irmão que
nos gotejou de sabedoria... Às vezes com fúria de um
guerreiro... outras vezes com a delicadeza de um príncipe,
habilidade e astúcia dos alquimistas...
Olhar profundo... fitava-nos dentro dos olhos, como se conhecesse,
os nossos mais escondidos segredos...
Seu olhar metia medo! Mas seu conhecimento logo conduzia-nos
ao dramaturgo que se mimetizava a cada momento, para reerguer-se
e novamente, tornar-se um simples mortal!
O que eu faria?
Se um dia compreendesse o valor
do Ouro ou o peso da honra do Carvalho?
Meu irmão querido...
Esse é meu jeito puro, ingênuo e atrevido...
para dizer-te, o quão nos faz falta!
Tu passaste querido professor...
A sua maravilhosa presença entre nós...
Não há de passar...
Fazer, fizera ou Farias...
O Ouro, ainda brilha... ficou em nossa lembrança...
o Carvalho é um pedacinho da cruz do mestre,
que carregaste com honras de volta à senda, que o conduziu
ao recanto dos sábios e escribas no paraíso...
Não vieste aqui por acaso!
Fostes na terra, poliglota, professor, poeta, revisor e deputado...
Em suas múltiplas funções: Pai, amigo e irmão querido de todos!
Por sua família, amigos e admiradores, jamais
serás esquecido...
Carlos Farias Ouro de Carvalho...
Fique em paz meu irmão querido...
Todos seguiremos silenciosamente essa fila de filósofos...
Dominus vobiscum
Carlos Farias Ouro de Carvalho
O que eu faria?
Se um dia compreendesse por inteiro
o valor do Ouro...
Ou o peso da honra do Carvalho?
Certamente não poderia...
Pois o valor das coisas mais simples
criadas por Deus, não se permitiria
se definir tão simplesmente assim...
O que tu Farias?
Se pudesses compreender...
Com toda pureza d’alma, eu tentaria...
Pois o Ouro se põe de forma tal escondido
que não se deixa ser facilmente colhido.
Para se permitir visto, só mesmo a força da
forja o deterá por total entrega derretido.
O Carvalho se mostra aparentemente frágil.
Não se engane! Sua fragilidade é sua força.
Sua linhagem é forte, vem com o vento norte.
Seu enigmático poder persuasivo, no conhecimento,
domínio do vernáculo, nos conduzia ao tabernáculo,
compelindo-nos a todos, a uma profunda reflexão...
De onde viera tamanho dom? O dom da palavra...
Esse mistério que brota do nada!
Riquíssimos discursos, poemas emblemáticos...
brotavam como infindas gotas de sabedoria
por entre os pequenos dedos, sempre adornados,
por um belo e bem talhado anel de mestre.
Sim... Mestre! Este tão querido irmão que
nos gotejou de sabedoria... Às vezes com fúria de um
guerreiro... outras vezes com a delicadeza de um príncipe,
habilidade e astúcia dos alquimistas...
Olhar profundo... fitava-nos dentro dos olhos, como se conhecesse,
os nossos mais escondidos segredos...
Seu olhar metia medo! Mas seu conhecimento logo conduzia-nos
ao dramaturgo que se mimetizava a cada momento, para reerguer-se
e novamente, tornar-se um simples mortal!
O que eu faria?
Se um dia compreendesse o valor
do Ouro ou o peso da honra do Carvalho?
Meu irmão querido...
Esse é meu jeito puro, ingênuo e atrevido...
para dizer-te, o quão nos faz falta!
Tu passaste querido professor...
A sua maravilhosa presença entre nós...
Não há de passar...
Fazer, fizera ou Farias...
O Ouro, ainda brilha... ficou em nossa lembrança...
o Carvalho é um pedacinho da cruz do mestre,
que carregaste com honras de volta à senda, que o conduziu
ao recanto dos sábios e escribas no paraíso...
Não vieste aqui por acaso!
Fostes na terra, poliglota, professor, poeta, revisor e deputado...
Em suas múltiplas funções: Pai, amigo e irmão querido de todos!
Por sua família, amigos e admiradores, jamais
serás esquecido...
Carlos Farias Ouro de Carvalho...
Fique em paz meu irmão querido...
Todos seguiremos silenciosamente essa fila de filósofos...
Dominus vobiscum