Padre, Pater, Pai...
Padre, Pater, Pai...
Tu doaste a vida por nós...
Deixaste o barco,
as redes,
a família,
os sonhos,
a tua terra Natal,
para cuidar de teu rebanho.
Sandálias
desgastadas,
empoeiradas,
pés carcomidos
percorres exaurido
quilômetros de distância
atrás de tuas ovelhas perdidas,
sob o sol escaldante,
sob o vento incessante,
sob tempestades
sob potestades
mesmo doente,
tu nem mesmo sentes
o peso do teu fardo,
carrega-as no colo,
curas-lhes as feridas
resgata-lhes a vida
as faz retornar à casa do pai...
No templo,
sempre com tempo
para as confissões,
as orientações,
para nos dar o perdão!
E, quantas vezes
aqui entramos
desesperados,
oprimidos,
cansados,
desiludidos,
e, com tuas sábias
palavras,
tuas estórias interessantes,
mágicas, brilhantes,
saímos restaurados,
renovados,
coração explodindo
em amor?
Sim,
Padre
verdadeiramente,
tu és o nosso PAI,
o nosso Bom Pastor.
Benvinda Palma