Meu Pai.

Data marcada
Imagens sofridas
História contada
      Saudades padecidas.

Um velho porto
Beira de um cais
Pensamento solto
No dia dos pais.

Certo dia
Você me acenava
Para a nave subia
Um adeus que aliciava.

Para mim sorria
Não podia originar
Para sempre confinaria
Sem poder mais voltar.

Um ronco movedor
Os cabos se oscilavam
Pandemônio ensurdecedor
Chamas de fogo se alçavam

Uma explosão
Não adiantou eu gritar
Meu pai foi ao chão
Sem chance de se salvar.

Foi o fim do marinheiro
Que vivia em alto mar
Feneceu como guerreiro
Para a família sustentar

Hoje sentada na beira do cais
Somente o vazio da saudade
Pela incógnita morte do meu pai
Hoje vive na estância da eternidade

Meu pai nesse dia um beijo na sua alma.

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MÚSICA EM HOMENAGEM PARA TODOS OS PAIS.

Alzira Souza
Enviado por Alzira Souza em 10/08/2008
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