Pai...
Lembro-me tão pouco de vc!
Nem ao menos, se permitiu, ver-me crescer...
Recordo seus traços, em desenhos, tão lindos no papel
O modo que brincavas comigo, a pular e quando alguém aparecia e o surpreendia no saltitar, a vergonha estampada no olhar...
Que gostoso, lembrar de nosso balanço na árvore
Mas que triste recordar, que ao ver uma árvore, não é essa a lembrança que vem ao consciente!!! Que triste recordar
Resolveu me abandonar!
Porque?
De onde arrancaste tanta coragem?
Como precisei de vc! como te busquei e não o encontrei...
Hoje sei, que de onde estas arrependeste deste ato tão sem pensar
Sinto suas vibrações, por mim
Sim, eu as sinto
E sei tb que quando me sinto perdida, sem saída, acuada, sem prespectiva e chorando às escondidas...
Vc está a emanar e a vibrar, para eu me acalmar, pq sinto uma força que vem de algum lugar
Por intercessão, sei que rogas por mim
Tão poucas lembranças...
Tão grande o querer de lhe abraçar, de lhe acarinhar...
De ser abraçada e tb receber sua carícia
Te amo, meu pai...