TRIBUTO AOS PAIS
Tu
Tu que antes não passavas de um provedor.
Hoje curtes participar de uma maternidade
que dantes só a Elas pertenciam.
Sabes da importância da tua presença na vida de ambos,
pois antes esperavas o momento, hoje participas dele desde o inicio.
Hoje quase trocarias de lugar com ela para dar a luz ao teu filho.
Cuidas e alimentas, no teu possível a tua cria, sem competir.
Deixas que noites a fio te conduza ao berço do Nino e assim
embalando ele em teu colo choras a tua própria força.
Assim com teu fruto ao colo descobres a tua própria luz.
Ditas as regras de um novo amor patriarcal.
Um amor com cheiro de mulher, pois há mais feminilidade
neste jeito de pegar e cuidar do teu fruto, deixas para trás
o jeito duro e quase imparcial de ser Pai a lá antiga.
Não, não há nada de imoral ser assim um Pai meio mole.
Hoje sabes mais dos sonhos de teus filhos, do que souberam dos teus.
Hoje lembras do aparecimento dos primeiros dentes deles, dos medos.
Sentas ao lado da cama deles e perguntas o que acontece.
Não, não há mais o que retroceder, agora é seguir sendo assim: meio
Pai e meio Mãe. Tempos modernos meu senhor!
Ontem se foi para sempre, assim esperamos que não volte nunca mais.
Hoje é bom de ver a tua presença a tua companhia forte entre Mãe e filho.
Amanhã será um outro dia, um outro momento,
um outro tempo e então deixa o amanhã para depois.
Sejas tu de qualquer origem,
Sejas tu de qualquer cor de pele
Sejas tu parte de qualquer camada social,
Não importa, pois vou reverenciar tua presença sempre.
Homenageio meu pai, falecido há um ano e quatro meses atrás,
que mesmo sendo um pai de ontem tinha o lado materno de cuidar.
Homenageio os amigos e pais dos amigos que são também frutos do ontem
e presenças fortes do hoje.
A todos os pais desconhecidos, anônimos do mundo.
Parabéns pelo dia especial.
Parabéns pela PATERNIDADE.
Por Graça Costa.
Amparo, 11 / 08 /2008.