Beatriz, Minha Rosa
Tua pele, pétalas que toquei,
Conheço todas suas dimensões
Bela, de uma cor rosa, singela.
Eu não te fiz, te ganhei
Presente divino que nem sei se fiz por merecer
Percebes sempre quando estou triste
E com suas indagações um sorriso me arranca
E o brilho dos seus olhos logo me faz enternecer
E não há mau humor e nem carranca
Que resista ao seu “bom dia florzinha” ao amanhecer
Vais crescer bela rosa,
Ficar toda prosa, viver coisas novas,
Tocar seus espinhos, sentir os espinhos de outrem,
Vai chorar em meus ombros, se renegar,
Dizer que jamais vai ser alguém,
Dizer que nunca vai casar, que não quer amar,
E que sofrer não convém.
Vais florescer, ramificar e criar forma,
Tomar coca-cola mascar chicletes, andar na moda.
Vai por momentos esquecer-se de mim pra viver,
Vai ser feliz, criar raiz.
Mais nem por isso deixará de ser minha menina,
Minha pequena, minha rosa,
Beatriz.
Anna Lima