Quando duas pessoas, espontaneamente, se unem significa dizer que há uma aliança, um acordo de vontades para que o casamento aconteça verdadeiramente. No início, o meu conceito de união era de sonho eterno. Nossa, o sejamos felizes para sempre constituía-se em LEI! O tempo passa, fui amadurecendo e constatando que há momentos de alegria e de sonhos conjuntamente como, também, individualmente.

 

A alma gêmea não precisa, necessariamente, ser afinada com o jeito, o gênio, as manias e emoções do outro.  Cada pessoa é um  ser único. E as diferenças instigam ao aprendizado, a compreensão e ao respeito mútuo. São dois seres completos que se unem. Mas, se unem não para formar um só corpo.  A formação é de harmonia  entre universos diferentes, porém com a mesma essência. 

A afinação é o desafio! A convivência traz as dosagens certas para o cotidiano. O recuo ou a conversa no momento certo, por exemplo,  simplificam as coisas, resultando no entrosamento do casal sem atropelamentos, submissão e agressão.  O companheirismo, na verdade, é o ingrediente forte para sustentar uma relação.

 

E o amor? Ah, o danado do amor... Ele chega primeiro, arrastando os sentimentos e impulsionando o casal para a união, pois amar hidrata a alma e proporciona esse desejo. Agora,  o amor sem companheirismo funciona? Acredito que não! 

O importante na União é o entrosamento entre duas pessoas que se amam e querem construir alguma coisa juntas. Cada casal estipula o seu acordo de vontades. O que serve para mim, poderá não servir para o casal vizinho. Hoje o lema é não se assustar com as várias formas de convivência... O importante é cada um procurar unir-se com a finalidade de uma parceria que satisfaça a ambos.

 

Enfim, hoje é o aniversário de meu casamento: são 26 anos de União. Os padrões fogem um pouco da modernidade: moramos na mesma casa, dividimos o mesmo quarto, nossos filhos moram conosco, convivemos com as diferenças mas, acima de tudo, lutamos para que a chama que nos uniu permaneça.

02.07.2008