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SÓ A ROSA É ROSA E MAIS ROSA
"...há que se fazer calar os cães enquanto florescem os roserais..." (Youssef Rzouga)
(líricas de um evangelho insano)
...Intertexto com o poema LA LENGUA DE EINSTEIN do poeta
YOUSSEF RZOUGA, de Túnez (Tunísia)
"....otra guerra empleza bárbaramente
comienza el espectáculo:
um poema de casco verde hace strip-tease
jugando al cometa
y sacando la lengua de Einstein
entre poema completamente desnudo
y espectadores
hay roces
es otra vida posible
en esta aldea global
pero me da miedo en la capa de ozono
"colorin colorado...
este poema se ha acabado.."
Esse poema
desnudo
caminha nú
atrás de mim
e dentro de mim
me caminha
esse poema
com sua nudez!
Neste céu
de inverno
de roseirais
rosal
do meu sangue,
grunhe
com seus estalidos
de fogo nú
a pira ancestral
da minha aldeia,
esse grunhido
escreve
no crepitar
das chamas,
o espetáculo
da guerra
dessa escrita,
do duelo
dessas horas frias,
malditas,
enquanto esse poema
me caminha nú,
e lambe o meu corpo
com sua língua primitiva,
te escreve
sobre os meus charcos
de crocodilos
e se guarda
em senhas
por entre os ovos
das minhas tarturgas,
e os seus refundos
rastros mancham
sobre as águas de rosa,
os passos desse meu sol
de sangue,
que não pode derreter
com seu manto róseo
os meus pulmões
sem o véu de ozônio.
Meus ombros gaia
não podem ficar desnudos!
Grito!
Grito entre
os escombros
dessa língua de Einstein,
grito
pela fecundação
da poeira cósmica
dos meus sonhos!!!
www.lilianreinhardt.prosaeverso.net
www.cordasensivel.blogspot.com
www.lanternadevagalumes.blogspot.com
www.verdeverbo.blogspot.com
SÓ A ROSA É ROSA E MAIS ROSA
"...há que se fazer calar os cães enquanto florescem os roserais..." (Youssef Rzouga)
(líricas de um evangelho insano)
...Intertexto com o poema LA LENGUA DE EINSTEIN do poeta
YOUSSEF RZOUGA, de Túnez (Tunísia)
"....otra guerra empleza bárbaramente
comienza el espectáculo:
um poema de casco verde hace strip-tease
jugando al cometa
y sacando la lengua de Einstein
entre poema completamente desnudo
y espectadores
hay roces
es otra vida posible
en esta aldea global
pero me da miedo en la capa de ozono
"colorin colorado...
este poema se ha acabado.."
Esse poema
desnudo
caminha nú
atrás de mim
e dentro de mim
me caminha
esse poema
com sua nudez!
Neste céu
de inverno
de roseirais
rosal
do meu sangue,
grunhe
com seus estalidos
de fogo nú
a pira ancestral
da minha aldeia,
esse grunhido
escreve
no crepitar
das chamas,
o espetáculo
da guerra
dessa escrita,
do duelo
dessas horas frias,
malditas,
enquanto esse poema
me caminha nú,
e lambe o meu corpo
com sua língua primitiva,
te escreve
sobre os meus charcos
de crocodilos
e se guarda
em senhas
por entre os ovos
das minhas tarturgas,
e os seus refundos
rastros mancham
sobre as águas de rosa,
os passos desse meu sol
de sangue,
que não pode derreter
com seu manto róseo
os meus pulmões
sem o véu de ozônio.
Meus ombros gaia
não podem ficar desnudos!
Grito!
Grito entre
os escombros
dessa língua de Einstein,
grito
pela fecundação
da poeira cósmica
dos meus sonhos!!!
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