VIVA O MEU MESTRE

Iê camará!

Até Omolu acreditava

Que meu mestre não iria partir

Que ainda jogaria capoeira

Alegraria o povo a sorrir

Foi o negro venceu a batalha

Acabou com a escravidão

Mas meu mestre guerreiro

Não venceu a morte não

Ele cantava a dor e a revolta

O canto de libertação

Do negro que vivia na senzala

Do senhor com chicote na mão

Meu mestre não pensava em dinheiro

Nunca negou um favor

A capoeira sua maior paixão

Ele jogava com todo o amor

O abadá sua segunda pele

O branco sua cor principal

Do lado esquerdo seu coração

Do direito o seu berimbau

Na cabeça capoeira e macunlelê

Pedra e baqueta namão

Que faziam soar em seu berimbau

O jogo da capoeira regional

Agora meu mestre tá com Deus

Ao lado do pai Oxalá

Nos pegou de surpresa

Só conseguimos chorar

Sua fé, seu amor, sua arte

Nada pode superar

A sua capoeira

Nunca vai acabar

Saldaremos pra sempre

O nosso mestre DADÁ.

MUITO AXÉ MEU MESTRE

E VIVA O MESTRE DADÁ......

Pablo Vinícius de Oliveira Albuquerque
Enviado por Pablo Vinícius de Oliveira Albuquerque em 18/06/2008
Reeditado em 04/12/2008
Código do texto: T1040208
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