VIVA O MEU MESTRE
Iê camará!
Até Omolu acreditava
Que meu mestre não iria partir
Que ainda jogaria capoeira
Alegraria o povo a sorrir
Foi o negro venceu a batalha
Acabou com a escravidão
Mas meu mestre guerreiro
Não venceu a morte não
Ele cantava a dor e a revolta
O canto de libertação
Do negro que vivia na senzala
Do senhor com chicote na mão
Meu mestre não pensava em dinheiro
Nunca negou um favor
A capoeira sua maior paixão
Ele jogava com todo o amor
O abadá sua segunda pele
O branco sua cor principal
Do lado esquerdo seu coração
Do direito o seu berimbau
Na cabeça capoeira e macunlelê
Pedra e baqueta namão
Que faziam soar em seu berimbau
O jogo da capoeira regional
Agora meu mestre tá com Deus
Ao lado do pai Oxalá
Nos pegou de surpresa
Só conseguimos chorar
Sua fé, seu amor, sua arte
Nada pode superar
A sua capoeira
Nunca vai acabar
Saldaremos pra sempre
O nosso mestre DADÁ.
MUITO AXÉ MEU MESTRE
E VIVA O MESTRE DADÁ......