AGORA RONDAS AS ESTRELAS, JAMELÃO!
Que saudade de um tempo mágico e boêmio que não mais voltará...
Ao menos não com você, vez ou outra PRESENÇA-LUZ na casa de D. Zica, na Mangueira!
Eu ali, tão novinha, já carregando a boemia, papeando, rindo e cantarolando...
Mas quando você chegava, quando chegava, meio que vindo do nada, me calava.
Calava meus fuxicos com D. Zica e D. Neuma e tudo virava música de tempo mais jovem ainda...
E te rondando eu ficava...
E até cantarolava juntinho quando sua voz se abria e nos brindava...
Foi parte de minha vida e de minha própria RONDA, Jamelão!
Hoje rondando entre as estrelas estás!
Cante, cante e cante, Jamelão!
Componha nos Céus seus belos versos...
Tenha como parceiros mil anjos para musicá-los com você, Jamelão!
Daqui aguçarei os ouvidos do coração e da alma apenas pra te ouvir mais uma vez...
E sempre, calando, ouvi-lo...
Não se zangue se me atrever a cantarolar junto a ti e teus anjos, Jamelão!
Afinal, “AMAR DEMAIS PASSOU A SER O MEU DEFEITO”...
Haja coração pra agüentar, Jamelão!
E refazendo meu quebra-cabeças da vida, sei que se foi e ainda assim permanece...
És Eterno, Poeta!
E “QUEM INVENTOU O AMOR TAMBÉM NÃO FUI EU”...
E que quem o inventou receba-o em largo sorriso e cante, cante e cante!
Até um dia, Jamelão!
E quando este dia chegar, na roda de samba vou de novo entrar...
E até Cartola que não conheci vou poder ouvir e referenciar...
Até, Jamelão!
“HÁ PESSOAS COM NERVOS DE AÇO SEM SANGUE NAS VEIAS E SEM CORAÇÃO”
...mas quando o ouço, Jamelão, meu desejo antes de morte e de dor, transforma-se hoje em pura alegria!
Obrigada, por ter sido PRESENÇA-LUZ-SOM em momentos de minha vida, poeta!
Agora rondas entre as estrelas, Jamelão!
Mangueira sem Cartola, Mangueira sem D. Zica, Mangueira sem D. Neuma...
Vai-se a Velha-Guarda, ficam os herdeiros.
Que honrem seus nomes e suas almas de poeta é tudo o que espero...
Honrarão!
“O MUNDO É UM GRANDE ESPELHO”, não é Jamelão?
Ahhh, se eu tivesse escutado os sábios conselhos de D. Zica e D. Neuma, mais tempo teria passado ao lado de vocês...
Mas o tal do “amor mundano” nos cega e até nos faz renegar nossos maiores sonhos, poeta!
Sem sequer perceber, foste algumas aulas em minha escola da vida, GRANDE JAMELÃO!
Seus amigos despedem-se de você com "EXALTAÇÃO À MANGUEIRA"!
Que seja sempre A MANGUEIRA DE JAMELÃO!
Despeço-me de você com RONDA em sua voz profunda e sensível, Jamelão!
Era minha canção, meu acalanto, minha prisão, minha paixão...
“E EU NUNCA DESISTIA”, JAMELÃO...
...ainda não desisti, Jamelão!
...”O SONHO ALEGRIA ME DÁ, NELE VOCÊ ESTÁ!”
À DEUS, POETA!
Vá com os anjos rolar dadinhos, jogar bilhar!
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Minha "onda" era trocar o verso final por:
Cenas de sangue num bar da Barão de Tinguá, o meu bar...
Music by JAMELÃO - Forever Brasil