Marinha do Brasil. Batalha de Riachuelo.
Nesta data de 11 de junho de 2008, quando se comemora o Dia da Marinha do Brasil, eu não poderia omitir-me em prestar singela homenagem a essa briosa corporação naval, destacando, inclusive, os dignos nomes de seus heróis que souberam honrar o uniforme de luta, em detrimento de suas próprias vidas;
Foi em 30 de junho de 1865 que o jornal do Commércio publicou o seguinte texto do seu correspondente em Montevidéu: “Grande triunfo da civilização contra barbaria. Brilhante vitória da Esquadra Brasileira no dia 11 de junho. Vivam os heróis de Riachuelo! Salvação do vapor Oyapok e dos voluntários da Pátria. Nossos detratores estão cabisbaixos; a honra militar brasileira, tantas vezes insultada no Rio da Prata, elevou-se tão alto que ninguém mais a ousará manchar. A esquadra paraguaia compunha-se de 8 vapores e 6 chatas com 47 bocas de fogo, algumas de calibre 80, apoiando-se em uma bateria que estava oculta sobre a barranca, que tinha nada menos de 80 bocas de fogo de calibres 80 e 68.” Os preparativos para o ataque à esquadra brasileira foram feitos sob a direção de Solano Lopez.
O ataque deveria ocorrer de surpresa, e com tal rapidez, que impedisse qualquer reação aos navios brasileiros. Graças á inspiração do Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva ( agraciado em 1866 com o título de Barão do Amazonas), e ao denodo dos brasileiros a batalha naval do Riachuelo foi ganha. A vitória aniquilou o poderio naval de Lopez e transformou os brasileiros em senhores da via fluvial, garantindo assim as suas linhas de comunicação e resguardando a capital portenha das incursões paraguaias. Continuou o jornal do Commércio: “A destruição da esquadra imperial importaria no domínio dos rios para os navios do tirano, que viriam dar leis em Buenos Aires e Montevidéu. A dizimação da esquadra paraguaia, que não se pode restaurar, importa no domínio da liberdade nos majestosos rios com que DEUS dotou estas regiões. A vitória ornou de louros a fronte de nossos marinheiros.”
O Patrono da Marinha é o Almirante Tamandaré, título distinguido ao gaúcho Joaquim Marques Lisboa, nascido em 1807 e falecido em 1897.
Fonte: O Brasil através dos Selos, publicado por Bloch Editores.