Maria do Ingá 
(homenagem à jovem Maringá de 60 anos e a origem de seu nome)


Lá no Pombal da Paraíba masculina, onde muita muié é macho sim sinhô
Viveu essa Maria morena, uma linda piquena qui dispertô muito amô.
Caboclinha maliçosa, que tinha perfume das rosa lá na rua dos ingazero
Ar di promessa e passada mais sem pressa, prá aumentá meu disispero.

Um dia quasi num querdito,dum jeito mais que bunito cumigo ela falô.
Maria do Ingá, cabelo preto na cintura prá mode fazê mais formusura,
Veio prô meu lado,num mangô dos meu cuidado , pelo nome mi chamô.
Vivemo a vida contente, até que o sertão inclemente,minha Maria levô.

Foi aí que Joubert de Carvalho escreveu e o retirante  cantou :

"Maringá, Maringá, depois que tu partiste,
Tudo aqui ficou tão triste, que eu garrei a maginá.

Maringá, Maringá para havê felicidade,
É preciso que a saudade vá batê noutro lugá.

Maringá, Maringá volta aqui pro meu sertão
Pra de novo o coração de um caboclo assossegá..."


Hoje eu estive em Maringá, uma linda cidade que nasceu de uma canção e a canção que nasceu de um amor, como todas as canções e todas as cidades.
Leo Della Volpe
Enviado por Leo Della Volpe em 11/06/2008
Reeditado em 23/03/2011
Código do texto: T1030018
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.