Haikais
Seu pescoço pálido
embriaga minha tez negra.
Desejo mortuário.
Morcegos se me olham
sedentos e mais sedentos,
a razão é meu vinho.
Lua cheia e sossegada
castelo frio e atormentado:
doce, o meu cadáver.
Caixões tão pulsantes,
enrijecem destas tumbas
almas desejantes.
Lascívia que além
de Eros, fulcro das paixões,
gozo a morte em sangue.