Garoa caiu,

trazendo nuvens de insetos 

na tarde de abril.

 

Desperta a lagoa. 

Sob o luar, movimento. 

A notícia voa. 

 

Um grito de cá 

e a saparia em conjunto 

responde acolá. 

 

Em meio ao capim, 

coaxa o sapo-martelo:

- Hoje tem festim!

 

Cururu, o sapo,

estende a língua viscosa 

- Este está no papo! 

 

Ao final da ceia,

sapo dorme sobre a pedra 

de barriga cheia. 

 

 

 

 

 

 

Zaira Belintani
Enviado por Zaira Belintani em 15/08/2024
Código do texto: T8129699
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