Quase um haikai tupiniquim "Ode ao Messias"

Despeitadas ruínas do que foi Olimpo

Nós, tão pouco livres

Como são eles

Ao seu domínio, Dionísio!

Só na ilusão a liberdade existe

No convencimento antigo

O ritmo repetido

Das ninfas, insiste

Entre deuses e assassinos

Alheio ao mundo

Gemem em segredo

Pequenos vultos

No falso arbítrio

Superior e urdido

A consciência lúcida

Já não importa

Mas a concisa

Sombra abjeta

Da miséria humana

É a riqueza do que lhe resta

E no inútil universo

Um amor solene

Sobrevive

puro e plácido

E do pranto

O amanhã renasce

Vivo em Cristo.

Amos
Enviado por Amos em 22/03/2022
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