Um Rio Que Corre
Várias coisas na vida, já passaram
Com situações boas, outras regulares
Corações perfurados, como furos em canoas
Não deixemos os barcos afundarem
Em fossas abissais, no fundo oceano
O medo do fulano, que foge, em pavor
Torturas lamuriantes de divida antiga
Ao longe o som da cantiga, a encher a noite
Do bêbado que passa, após o latido do cachorro
E o caminhão que sobe o morro, em noite tão clara
Pessoas que sobem e que descem, o dia inteiro
É pedreiro, é carpinteiro, também cobrador e marceneiro