HAICAIS Á MODA DE WALT WHITMAN
Quem só trabalha por obrigação
caminha atrás de si mesmo
seguindo o próprio caixão.
É uma arma assassina
uma mão que dá esmola
Pois ela mata a autoestima.
Se me dou, dou-me até o fim
não somente por um tempo
nem só uma parte de mim.
Se vês em mim contradições
é que não vês somente a mim
mas um universo de opções.
O tempo é feito de estações;
uma história marca a vida.
O que é a vida frente á duração?
Nada no mundo é indene.
Nada se perde no universo.
Nenhuma forma é perene.
Se eu tivesse calma
para entender o que estrelas dizem
não precisaria de uma alma.
Em mim vive uma multidão
falando diversas línguas
mas todas cantam um só refrão.
Quando falo do meu receio
estou falando do seu também
pois somos filhos do mesmo anseio.
Sei quando o meu ego mingua
porque tenho o sentido dele em mim,
feito unha encravada ou afta na língua.
O sangue que corre em uma guerra
é uma mancha que nunca se lava
e envergonha toda a terra.
O mal do homem é um só:
querer ser tudo na vida
e no fim virar apenas pó.
A mágua onde meu coração afunda
afogaria também a minha angústia
se ela não fosse tão profunda.
Á vida, só tenho uma coisa a pedir:
um espaço livre para me mover
e a liberdade para ir e vir.
Só pode falar em liberdade
quem assume seus compromissos
por livre e espontânea vontade.
Quem só trabalha por obrigação
caminha atrás de si mesmo
seguindo o próprio caixão.
É uma arma assassina
uma mão que dá esmola
Pois ela mata a autoestima.
Se me dou, dou-me até o fim
não somente por um tempo
nem só uma parte de mim.
Se vês em mim contradições
é que não vês somente a mim
mas um universo de opções.
O tempo é feito de estações;
uma história marca a vida.
O que é a vida frente á duração?
Nada no mundo é indene.
Nada se perde no universo.
Nenhuma forma é perene.
Se eu tivesse calma
para entender o que estrelas dizem
não precisaria de uma alma.
Em mim vive uma multidão
falando diversas línguas
mas todas cantam um só refrão.
Quando falo do meu receio
estou falando do seu também
pois somos filhos do mesmo anseio.
Sei quando o meu ego mingua
porque tenho o sentido dele em mim,
feito unha encravada ou afta na língua.
O sangue que corre em uma guerra
é uma mancha que nunca se lava
e envergonha toda a terra.
O mal do homem é um só:
querer ser tudo na vida
e no fim virar apenas pó.
A mágua onde meu coração afunda
afogaria também a minha angústia
se ela não fosse tão profunda.
Á vida, só tenho uma coisa a pedir:
um espaço livre para me mover
e a liberdade para ir e vir.
Só pode falar em liberdade
quem assume seus compromissos
por livre e espontânea vontade.