hokku - Matsuo Bashô

Na despedida

as costas! Solitário

vento de outono.

Cansei da viagem

hoje faz quantos dias?

Vento de outono.

O sol de inverno:

a cavalo congela

a minha sombra.

Veste geada

e se forra de vento

bebê na rua.

Borboletas e

aves agitam voo:

nuvem de flores.

Quero ainda ver

nas flores no amanhecer

a face de um deus.

Vozes das aves.

Nessas horas, um poeta

não tem mais mundo.

Na minha casa

pernilongo pequeno

é o que ofereço…

Chuva de verão

perna de garça

então se torna curta.

Que lua, que flor

nada, bebo umas doses

aqui sozinho.