Noite sangrenta
vinho amargo no copo sujo de uma realidade morta
dormindo com a cama molhada de saudades
o espelho grita um mantra de dor
perto do vale do amanhecer
que matou a lua nova com nove facadas na alma
festa regada com cores vivas
um beijo de adeus
com a cara na estrela invertida
virgem louca mama o pecado
na boca do bode preto
velas amarelas
foram apagadas a meia noite
e na hora do ultimo brinde
o vento corta a carne no SACRIFÍCIO
e a noite procura um fim
na primeira encruzilhada.