HAIKAIS IMPERFEITOS (161): Ânfora e Quixote

Haikai dedicado à Poeta Galega, recantista e ainda mais.

Ânfora e figura

da silenciosa amargura

no tempo cobarde...

Ânfora prostrada,

quixotesca e batalhada:

exalta-te e arde!

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VENCIDOS...

Por la manchega llanura

se vuelve a ver la figura

de Don Quijote pasar...

Y ahora ociosa y abollada va en el rucio la armadura,

y va ocioso el caballero, sin peto y sin espaldar...

va cargado de amargura...

que allá encontró sepultura

su amoroso batallar...

va cargado de amargura

que allá «quedó su ventura»

en la playa de Barcino, frente al mar...

Por la manchega llanura

se vuelve a ver la figura

de Don Quijote pasar...

va cargado de amargura...

va, vencido, el caballero de retorno a su lugar.

Cuántas veces, Don Quijote, por esa misma llanura,

en horas de desaliento así te miro pasar...

y cuántas veces te grito: Hazme un sitio en tu montura

y llévame a tu lugar;

hazme un sitio en tu montura,

caballero derrotado,

hazme un sitio en tu montura

que yo también voy cargado

de amargura

y no puedo batallar.

Ponme a la grupa contigo,

caballero del honor,

ponme a la grupa contigo

y llévame a ser contigo

pastor...

Por la manchega llanura

se vuelve a ver la figura

de Don Quijote pasar...

Poema do poeta León Felipe, de nome Felipe Camino Galicia de la Rosa, nascido em Tábara (Samora / Spain) em 11 de abril de 1884 e falescido, exilado do franquismo, na Ciudad de México, em 18 de setembro de 1968.

(http://en.wikipedia.org/wiki/Le%C3%B3n_Felipe . Não existe versão portuguesa. Estranho porque, a meu ver, como poeta pode ombrear-se com os García Lorca ou os Alberti, seus contemporâneos.)

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Em 21/04/2012 (14:31), Poeta Galega facilita a tradução do poema de León Felipe:

VENCIDOS...

Pela manchega lhanura

torna a ver-se a figurade Dom Quixote passar...

E agora ociosa e machucada

vai no ruço a armadura,

e vai ocioso o cavaleiro,

sem peito e sem espaldar...

vai carregado de amargura...

que lá encontrou sepultura

seu amoroso batalhar...

vai carregado de amargura

que lá "ficou sua ventura"

na praia de Barcino, frente ao mar...

Pela manchega lhanura

torna a ver-se a figura

de Dom Quixote passar...

vai carregado de amargura...

vai, vencido, o cavaleiro de retorno ao seu lugar.

Quantas vezes, Dom Quixote, por esta mesma lhanura,

em horas de desalento assim te vejo passar...

e quantas vezes te grito: Deixa-me espaço na montura

e leva-me ao teu lugar;

deixa-me espaço na montura,

cavaleiro derrotado,

faz-me sítio na montura

que vou também carregado

de amargura

e não posso batalhar.

Põe-me na garupa contigo,

cavaleiro do honor,

põe-me na garupa contigo

e leva-me a ser contigo

pastor...

Pela manchega lhanura

torna a ver-se a figura

de Dom Quixote passar...